A tradicional Festa de Nosso Senhor do Bonfim, segundo maior evento de turismo na Bahia, volta a movimentar o turismo religioso em Salvador.
Segundo a Secretaria de Turismo do estado, só o carnaval atrai mais participantes do que a Festa do Bonfim.
Com 260 anos de tradição, a festa tem início com a Lavagem do Bonfim, que começa na Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia e termina oito quilômetros depois na Basílica Santuário Senhor Bom Jesus do Bonfim, mais conhecida como Igreja do Bonfim, onde o adro e das escadarias são lavados com água de cheiro.
Esse é considerado o lado mais profano da festa dedicada ao Senhor do Bonfim, que conta com uma extensa programação religiosa que começa na quinta-feira e se estende até o domingo, quando inclui alvorada, repique dos sinos, missas, procissão dos três pedidos e a bênção do Santíssimo Sacramento.
Este ano foi introduzida uma novidade, a Lavagem de Corpo e Alma, que procura ressaltar a tradição católica da Lavagem do Bonfim, que é sempre realizada na quinta-feira que antecede o segundo domingo após o Dia de Reis, comemorado em 6 de janeiro.
Para os baianos, a Lavagem do Bonfim, é oportunidade para pagar promessas e fazer agradecimentos e pedidos. Embora a igreja fique fechada à visitação, a imagem do Nosso Senhor do Bonfim fica exposta na porta para veneração.
Igreja do Bonfim
Conhecida pelo povo baiano como Igreja do Bonfim, a Basílica Santuário Senhor Bom Jesus do Bonfim é a atração de turismo religioso mais visitada de Salvador e da Bahia e as coloridas fitas de Nosso Senhor do Bonfim acabaram se tornando a mais popular e conhecida lembrança dos visitantes do estado.
Localizada no bairro do Bonfim, no topo da elevação apelidada de Colina Sagrada pelos baianos, a igreja do Senhor Bom Jesus do Bonfim foi construída especialmente para abrigar a imagem do Senhor Bom Jesus do Bonfim, trazida de Lisboa em 1745.
As obras duraram apenas apenas oito anos e foram concluídas em 1754.
Construída em estilo neo-clássico, com fachada em rococó, ela acompanha o padrão das igrejas portuguesas dos séculos 18 e 19, caracterizadas internamente pelos belos afrescos e painéis de azulejos.
Em reconhecimento à sua importância para o povo baiano, foi elevada a Basílica em 1927 pelo Papa Pio XI.
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