Divino Pai Eterno, uma história de muita fé e devoção

A partir da o próximo dia 22 de junho, cerca de três milhões de romeiros vindos de todos os pontos do Brasil se deslocarão até a cidade goiana de Trindade, na região metropolitana de Goiânia, para participar da tradicional Romaria do Divino Pai Eterno, que é um dos maiores eventos de turismo religioso do Brasil.

Graças aos meios de comunicação e de um intenso trabalho de divulgação realizado sobretudo pelos missionários redentoristas, a devoção que teve origem no antigo arraial de Barro Preto, hoje Trindade, se espalhou por todo o país e transformou a cidade goiana no segundo destino de viagens religiosas mais visitado no Brasil, logo depois de Aparecida.

A devoção ao Divino Pai Eterno

Escultura em Trindade homenageia Constantino Xavier e Ana Rosa

A devoção ao Divino Pai Eterno teve início por volta do ano de 1840, quando o casal Constantino e Ana Rosa Xavier preparava a terra junto ao córrego do Barro Preto para a lavoura.

Ao remexer o solo com a enxada, Constantino encontrou enterrado no solo um medalhão formato ovalado, feito em terracota, decorado em alto relevo com a imagem da Santíssima Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – coroando Nossa Senhora.

Vitral do santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade, Goiás – foto Viagens de Fé

Constantino guardou o medalhão e o levou para casa, onde o mostrou para sua esposa. O casal entendeu que o encontro do medalhão era um sinal divino e tratou de preparar para ele um altar em sua casa, onde passaram a fazer orações que logo atraíram sua família e vizinhos.

Conforme o tempo passava, a devoção ia crescendo e mais pessoas se deslocavam até o arraial de Barro Preto para fazer pedidos e agradecer pelas graças recebidas.

Começaram a acontecer relatos de milagres, cuja divulgação boca-a-boca ajudou a aumentar ainda mais a quantidade de romeiros.

Cerca de dois anos após o início das orações em torno do medalhão, Constantino se dirigiu a Pirenópolis, a mais de 120 km de distância, para pedir que o mais conhecido artista plástico goiano da época, Veiga Valle, fizesse uma réplica do medalhão em tamanho maior.

Em vez disso, o artista achou melhor fazer uma imagem maior esculpida em madeira, com cerca de 30 centímetros de altura, mostrando a Santíssima Trindade coroando Maria.

Como não tinha dinheiro suficiente para pagar pelo trabalho do artista, Constantino teve de deixar o seu cavalo e fazer o caminho de volta a pé, levando a imagem, que acabou substituindo o medalhão como objeto da devoção ao Divino Pai Eterno.

Desde então, a fé e a devoção no Divino Pai Eterno só cresceram, dando origem à Romaria do Divino Pai Eterno e levando milhões de pessoas a visitarem Trindade a cada ano e transformando a cidade na Capital da Fé de Goiás.

 

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